Literatura
Elegias ao grande presidente do
Brasil - é o projeto da curadoria
da Literatura e história para o
Balaio 2015
As curadorias de literatura e história do Balaio de Arte e Cultura irá homenagear ninguém menos
do que Juscelino kubitschek, esse que foi considerado o artista do impossível, segundo o escritor
Cláudio Bojunga.
O autor relata que depois do suicídio de Getúlio Vargas, a eleição de JK livrou o Brasil do fardo
de ver a nação sob o comando de ditadores e abriu espaço para o país saltar sobre o abismo
retórico que não conseguia engolir a realidade tão incomoda, entrando para o rol das nações que
cresciam sem parar.
"Os Brasileiros se identificaram com a audácia do novo presidente e tomaram-se de um ânimo
jamais visto por essas terras. Foi assim que na "segunda metade dos anos 50, os brasileiros se
tornam subitamente jovens, confiantes, imaginativos. Inspirados por um presidente alegre e
cosmopolita que prestigiou artistas e escritores e fundou uma nova capital para realizar o sonho
de recomeço.
Os anos dourados foram aqueles em que os brasileiros deram às costas às derrotas e viveram os
sonho intenso de serem viáveis, modernos inéditos, até mesmo invejáveis," diz o autor.
"Foi o momento mágico de crescimento econômico, democracia e florescimento político. O Brasil
desse tempo, estabeleceu uma conexão madura com o resto do mundo e atualizou-se com
perfeição, assegurando nossa identidade mais profunda".
"Na ficção de Guimarães Rosa, nos versos geométricos de João Cabral de Melo Neto, nas
epifanias de Clarice Lispector, nos acordes de João Gilberto e da bossa nova. Nas exorbitâncias
de Lygia Clark e Hélio Oiticica, na bossa de Tom, Nara, Menescal, em toda na poesia melódica de
Vinícius, na arquitetura de Oscar e Lúcio Costa, nos quadros de Amilcar de Castro" e suas
esculturas neo concretistas que ficaram famosas mais tarde; na arte de Portinari e Di Cavalcanti,
nos escritos de Autran, Leão de Formosa, Gullar e Juca de Angélica. Foi neste momento em que
nos pés de Pelé e Garrincha que o Brasil ganhou sua primeira Copa em 1958.
Foi também nesse período que o filme "Rio, 40 graus" de Nelson Pereira dos Santos dava início
ao cinema novo no Brasil. Nesse samba de pés, nesse jogo de arte e poesia, Juscelino inspira e
impulsiona
O Brasil se descobre em outros patamares, se consagra moderno, pujante e poético, aberto ao
mundo e à cultura. Nunca em outros tempos, o Brasil ficou tanto tempo inspirado na alegria e na
energia realizadora de um presidente que amava acima de tudo seu país e seu povo.
Os passos de Jk serão reescritos por esse sertão do cerrado com mostras de documentários
históricos, a poesia em elegias do livro ainda inédito de Leão de Formosa já autorizado pela
família do poeta para ser publicado no Balaio 2015. Também recitados na escrita de Autran e Juca
de Angélica.
O visitante do Balaio de Arte e Cultura será contagiado por esse espírito guerreiro, moderno e
visionário de Jk. Traspassará sobre ele o ineditismo modernista, a alegria da realização, a dança
das letras e movimentos históricos abençoados por uma era de perseverança e fé, energia, arte e
cultura.
Regina M. F. Carvalho - Presidente do Conselho Curador do Balaio e Curadora de literatura Balaio
2015.
João Otávio - curador de História e Tradições do Balaio de Arte e Cultura 2015.